Muçulmanos radicais queimam igrejas cristãs brasileiras no Níger

Miss. Justino Manuel Domingos  (Tino)
Miss. Justino Manuel Domingos (Tino)

Amados a paz do senhor, quero pedir a oração a igreja do Brasil. O alvo do terrorismo é a igreja evangélica na África. Ontem foram destruídas duas igrejas evangélicas sob liderança de missionários brasileiros na capital do Níger. Segundo as explicações das autoridades nigerina, o atentado é de origem dos fundamentalistas islâmicos que atua na África de oeste, ou seja, são da rede Al-queda. Já começamos uma campanha de oração para que esse atentado não chegue ao Senegal.

Meus irmãos, o que eu estou entendendo é que pode virar uma rebelião. Assisti hoje no jornal que um suposto porta voz do braço de Al-queda do Norte da África, que ainda vão atacar algumas igrejas evangélicas que estão espalhados na África ocidental. Interceda pela Igreja na África.

 

 

Duas igrejas presbiterianas brasileiras foram atacadas e queimadas no fim de semana

A onda de ataques no Níger (Norte da África) contra a charge de Maomé na atual edição do jornal francês “Charlie Hebdo” destruiu no sábado (17) duas igrejas presbiterianas brasileiras na capital, Niamey.
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Igreja cristã destruída na cidade de Zinder, região central do Níger,onde Imãs (líderes religiosos) muçulmanos incentivam protestos e ataques à simbolos e templos cristãos no naquele país. Missionários correm risco de morte (Foto:Arq. Web/AFP)

Outras duas igrejas e uma escola sob comando de missionários do Brasil que pertencem a uma ONG protestante, também foram atingidas segundo relato à Folha por telefone de brasileiros que moram na cidade.

A comunidade brasileira no Nínger – estima-se que seja pelo menos 32 peossas- foi orientada pelo Itamaraty a não sair de casa por causa dos protestam, que buscam símbolos cristãos e locais vinculados a franceses.

A Folha apurou que a embaixada do Brasil no vizinho Benin, responsável pela diplomacia no Níger, avalia retira-los do país se a situação se agravar. Informações preliminares passadas ao governo brasileiro apontam a  possibilidade de que o grupo extremista Boko Haram, da vizinha Nigéria, esteja ligado aos protestos.

Desde sexta-feira, dez pessoas morreram e cerca de 20 templos cristãos foram atacados no país, predominantemente muçulmano e um dos mais pobres do mundo.

Dois templos da Igreja Presbiteriana Viva, com sede em Volta Redonda (RJ), foram incendiados e saqueados, contou o pastor brasileiro responsável pela administração Roberto Gomes, 36;

Um deles, que comporta cem pessoas, foi atacado pela manhã, horas antes de um encontro bíblico frequentado por moradores locais.

Gomes foi informado pelo zelador de que o espaço havia sido destruído e, desde então, trancou-se em casa com a mulher e os dois filhos. “Estou em estado de choque. Moro aqui desde de 2009, na África a 14 anos e nunca vi algo parecido”, disse. “A relação com os muçulmanos sempre foi tranquila. Só pode ser coisa do Santanás”, afirmou Gomes.

Ele abriga desde sábado a família do missionário Jefferson Garcia, 37, coordenador de duas igrejas e uma escola da ONG Word Horizon do Reino Unido. “A escola, para 350 pessoas, foi destruída e botaram fogo nas igrejas. Roubaram televisão, armários, tudo. Queimaram até um cachorro guardião do local”, disse ele, que vive há três anos no país.

Por temer ataque a sede da ONG, onde mora com a mulher e a filha de três anos, Garcia retirou a placa de identificação e buscou refúgio na casa do pastor. “Esperei dar 19 horas e quando muitos muçulmanos estão na mesquita, para fazer o trajeto de 5 km de carro. Vi muita fumaça pela cidade”, contou.

Segundo ele, são sete brasileiros como missionários da ONG no Níger, outros 12 trabalhando para a igreja de Volta redonda e os demais para missões de outras entidades evangélicas.

Origem – Os protesto no Níger começaram na sexta-feira, 16. por causa da publicação do “Charlie Hebdo”. Foi a primeira edição do jornal após o ataque à sua sede, em Paris, que matou 12 pessoas.

Os autores do atentado, pos irmãos Said e Chérif Kouachi, justificaram o ato em razão das sátiras que o semanário faz de Maomé, profeta do islamismo. Ambos foram mortos pela polícia.

Uma semana depois, o jornal voltou a circular, com uma capa que traz Maomé chorando e segurando o cartaz “Je Suis Charlie” (Eu sou Charlie) e acima a frase:”Tudo está perdoado”.

A capa recebeu críticas de lideranças religiosas islâmicas. O presidente do níger, Mahamadou Issoufou, tem sido atacado por ter participado da marcha em Paris contra os atentados que mataram 17 pessoas (além das 12 no “Charlie”, quatro em um supermercado judaico e uma policial em um tiroteio).

O redator-chefe do jornal, Gerard Biard, defendeu a publicação no domingo, 18. “Cada vez que desenhamos a caricatura de Maomé, de profetas, de Deus, defendemos a liberdade de religião”, disse. “Deus não deve ser uma figura política ou pública, mas sim privada”.