Condições Indiespensáveis para o crescimento da Igreja

“Eu não rogo somente por estes…” (Jo 17.20). O Senhor Jesus Cristo estava orando pelos discípulos e por todos os que haveriam de crê nele no decorrer da história, Ele sabia que sua obra cresceria na terra. O crescimento da obra de Deus está intimamente atrelado à oração.  O Obreiro “que não tiver tempo de orar” e disposição para buscar a Deus está fadado ao fracasso pessoal e ministerial. Muitas igrejas hoje estão paradas, outras estão decrescendo por que seus líderes perderam o hábito de orar e não mobilizam mais campanhas de oração com a igreja.  Sabemos que o crescimento da igreja não depende unicamente do nosso muito trabalhar, muito trabalho sem oração não passa de ativismo, pois o crescimento da obra de Deus só Ele mesmo pode promover. “Eu plantei, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento.” (I Co 3.6). “Apesar do esforço missionário é o próprio Cristo quem está edificando sua Igreja na terra.” (Pr Ronaldo  Lidório). Certo missiólogo diz que, quando sentimos dores de parto em oração, é que nascem as almas. “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para sua Seara” (Mt 9.38). Isto quer dizer que à medida que oramos Deus provê as necessidades de sua obra; noutras palavras, a obra cresce à medida que oramos.

“(…) pela sua palavra hão de crer em mim” (Jo 17.20). Outra grande revelação de Cristo neste versículo é que as pessoas creriam nele mediante a pregação do evangelho. A pregação do evangelho é condição indispensável para o crescimento da igreja. Uma igreja que não evangeliza não gera almas, pois como diz o apóstolo Paulo, “… eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo” (I Co 4.15). Uma igreja que não evangeliza também não gera obreiros, por que a obra da evangelização é uma fábrica de obreiros. Daí a falta de obreiros em muitos campos, reflexo da apatia evangelística da igreja local. Uma igreja local que não evangeliza sua área de atuação não terá consciência nem motivação para fazer missões. É preciso haver abundante evangelização, cultos na rua, cultos evangelísticos na igreja, praças, presídios, cemitérios (dia de finados), rádios, televisão, internet, colégios, em fim, no nosso dia-a-dia.

“Para que sejam um” (Jo 17.21). O Senhor Jesus Cristo estava orando pelos seus discípulos para que eles fossem um. Ele conhecia aqueles que estavam ali com Ele, sabia que eram judeus e que teriam muitas dificuldades de conviver no mesmo ambiente com gentios, comungando com eles da mesma fé, em pé de igualdades com eles, visto que jactavam-se como o povo da promessa, “… onde está logo, a jactância?” (Rm 3.27). E isto era uma provocação aos judeus e algo que lhes provocava ciúmes como bem falou o apóstolo Paulo fazendo referência às palavras de Moisés que disse: “… eu vos meterei em ciúmes com aqueles que não são povo, com gente insensata vos provocarei à ira” (Rm 10.19). E Jesus, conhecendo esta realidade, orou pela comunhão da igreja, “… Para que sejam um” (Jo 17.21). “… um só corpo e um mesmo espírito,… Uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo…” (Ef 4.4). O propósito de Cristo é que vivamos em profunda comunhão, é que estejamos tão unidos em Cristo, em torno do reino de Deus, que sejamos capazes de vencer todas as diferenças e interesses pessoais que nos separem, e retardam o avanço de sua obra na terra. Somente assim sobreviveremos como igreja e seremos capazes de atrair o mundo para Cristo. “(…) que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17.21).

A nossa comunhão em Cristo é uma das mais fortes atrações para o mundo crer em Cristo.
Somente uma igreja que ora, evangeliza, e vive em comunhão cresce.
Pr Francisco de Assis
Secretário Executivo da Semadema
Vice-Presidente da AD em Lago da Pedra-MA